quinta-feira, 20 de maio de 2010

"TE AMO"

Há um tempo atrás, eu conheci um garoto. Sim, como todos esses que conhecemos sabe?! Não, você não sabe, porque ele foi diferente de todos, ou melhor, parecia. Eu me apaixonei, foi uma coisa de cinema, tipo aqueles "amor à 1ª vista", pode parecer ideia da minha cabeça ou uma coisa que eu estou inventando... mas não é! Cada vez que ele passava na minha frente, meu coração acelerava e eu pensava que estava apaixonada, mas 2 segundos depois eu parava e falava "pára, eu acabei de conhece-lo". Aí então, saiu da boca dele que ele tinha sentido a mesma coisa por mim, achei aquilo incrível, e passei a me apaixonar mais. Dias passaram, mantivemos o contato, nos tornamos amigos, sim, amigos por mais que pareça estranho, por fora era amizade, mas por dentro o que eu sentia era maior que qualquer coisa, e parecia que ele sentia o mesmo. Aconteceram muitas coisas, nós ficamos, mas logo depois brigamos. Uma briguinha ridícula, mas que mudou tudo na MINHA vida. Nunca mais nos falamos, foi como se eu tivesse morrido pra ele e ele pra mim, ou melhor, só pra ele, porque pra mim era impossível aquilo acontecer. Não tava mais aguentando passar os dias e não ver aquela janelinha no msn entrando e falando comigo, ou até mesmo, entrando... porque nem no msn eu o tinha mais. Então, eu não aguentei. Não dizem que a melhor coisa é expor seu sentimentos pra quem é amado? Fiz o teste. Me abri, me declarei, disse tudo o que eu pensava e sentia, e tive uma grande surpresa. Ele estava namorando, mas dizia que gostava de mim também. Como assim? Se ele gostasse de mim, ele estaria namorando comigo, e não com outra. Prometeu pra mim que quando terminasse, viria me ver e reconstruirmos uma história sem ponto final. Mas eu otária, acreditei que era possível ele ainda gostar de mim. Eu ia todo o dia falar com ele, eu tinha ele como minha salvação. Ele me tinha como brinquedinho. Os dias viraram repetitivos, todo dia eram as mesmas conversas, eu vinha repetir todo dia o meu "TE AMO", e ele falava eu também. Estava cansativo pra ele sabe?! Mas eu era a única que não enxergava isso. Passou um tempo, ele terminou com a namorada, e eu fiquei esperando, como prometido. Fiquei esperando, e olha que eu esperei por bastante tempo... mas ele não apareceu. Aí eu pensei: Não é possível. É POSSÍVEL SIM. Voltei a falar com ele, puxava assunto, nem que fosse só um "TE AMO", eu precisava falar com ele. Muitas coisas aconteceram, coisas banais, mesmo assim mudaram um pouco a nossa história... Nos encontramos algumas vezes, eu ficava como uma babaca olhando pra ele, só imaginando e relembrando os velhos tempos, e ele se divertindo com as outras. Aquela rotina tava extressante, o que eu poderia fazer? Desistir? Persistir? Encarar? Me matar? Eu não desisti, mas não demonstrei o que eu sentia. Aos poucos o meu amor obsceno por ele foi diminuindo, mas não acabava de jeito maneira, até porque o que é verdadeiro, não acaba. Ele nunca mais apareceu, e nem eu. O que a gente viveu, ou melhor, plenejava viver, nem se quer apareceu ou aconteceu, nem sinal de vida eu tenho dele, e nem ele de mim. Pra mim isso é inesquecível, mas é uma coisa sem continuação, o ponto final acaba de chegar. Só que ele não ouvirá mais os meus "TE AMO" e nunca poderá esperar por mim, como eu sempre dizia. Um dia a gente cansa, e a pessoa só nota quando perde... E se um dia ele vier me procurar, eu falarei: Tarde demais, por que não deu valor enquanto tinha? Fui!

2 comentários:

Luíza Leitão disse...

Cara, eu amei seu texto. Por incrível que pareça, eu amei tudo, tudo, tuuudo que estava escrito. Me senti da mesma forma que você por um bom tempo, pelo mesmo motivo, e eu também não esqueci. Mas graças a Deus, essa obsessão, paixão... foi diminuindo. E pode ter certeza, com isso, só crescemos. Beijos Mariah, estou adorando ler seus textos, muito bons!

Unknown disse...

Meu achei incrivel, me identifiquei demais nesse texto.. passei por praticamente a mesma coisa e sempre acabo caindo na mesma! Nossa continue escrevendo assim, to amando ler seus textos! beiijos